1. |
I
01:50
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Sujando os quatro cantos deste quarto
Os dias sorriem, mas sem os dentes
As paredes, revestidas com ossos e argumentos falhos
se misturam entre saliva e bolor
Camadas e camadas de discursos obtusos
e a imagem remota de um pesadelo
em que você arrastava a cabeça de seu criador na parede.
(Ou seria a sua própria?)
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2. |
II
01:32
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Esmurro minha própria cara
tentando encontrar algo sólido.
Abandonado e sujo
órfão de um desterro
cuspido no nada.
Só resta a agitação
no buraco mais íntimo do ser
sem emenda para tanto esperar uma indigência disforme.
E a xarada, no infinitivo:
aceitar
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3. |
III
01:12
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Éter demoníaco
nos faz comportar como bêbados numa capela.
Perda total das capacidades motoras.
Falta de visão, falta de equilíbrio.
Uma mente que retrocede, horroriza
incapaz de se comunicar com a coluna vertebral
mergulhada no lixo
sobre o negrume do medo que surge
ao nos vermos sem a proteção
de uma dor que possa ser curada
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4. |
IV
03:34
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A sensação do vazio.
Proximidade do nada.
Fim e começo de tudo.
Amálgama de fel e faca.
Caminho estreito em infinito reflexo.
Sobreviver
ou escorrer num atroz sofrimento.
Aceitar sem norte
com o amargor de um inseto
se revirando numa frívola existência.
Tanta vergonha...
Me cabe o que, mais?!
Não embriaga.
Não ameniza.
Não adiar.
Voltar...
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5. |
V
01:49
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